Sunday, April 19, 2009

Possível Capítulo IV do Segundo Volume de Império da Compilação Remasterizada

Astaroth e Ashter, Pacificação da Nona, A Crise de Energia, Gobalievith, A Terceira Viagem a Samech Talamev, O Problema Cristão

Cena 1: Astaroth e Ashter caminham juntos ao redor do palácio do governo. Enfim, tudo parecia correr bem. Astaroth fez pronunciamento ao povo da nona, assinou decisões que levam, enfim, o conforto tecnológico pleno tanto as sétima e oitava infradimensões. Na nona a extração de Manganério segue a todo vapor e, novamente, os árias se salvam de possível pane no sistema de energia que exige, com a construção permanente de novas máquinas, computadores e engenhos, pacotes cada vez mais elevados de energia. Ilientsin manda que se façam relatórios cada vez mais otimistas e os envia para a sede do Império. Ashter os lê a todos. Porém, a maior atração da Capela Negra passa longe dos tediosos relatórios de V.M. Ilientsin. Hoje, Vladvostok, Kamenev, Ashter Solis e alguns outros estão a ler, diariamente, o diário de V.M. Gobalievith, embaixador nomeado por Astaroth (leia-se Ilientsin) para a Embaixada Ariana na República. Gobalievith substituiu a V.M. Wotan Deyak Wisser que não agüentava mais o espetáculo quase diário de cruzes a que era obrigado a assistir, pois a Embaixada Ariana se localiza em frente a Basílica Republicana e o cruel espetáculo não agradava nem ao embaixador, nem a ministros e nem a pequena corte do Embaixador. Astaroth analisou a situação. A República, embora tenha constituição assemelhada a de Estados modernos, e se proclame laica, é, na verdade, um Estado Cristão-Romano. O povo, abertamente, abraça a religião do Deus Único. Obviamente, os arianos se sentem extremamente desconfortáveis ao ver a fé cristã ser professada com liberdade em um Estado. Todas as outras religiões, contanto que não sejam monoteístas, são permitidas. Isto posto, até mesmo os judeus, amigados por necessidade aos arianos, tem que fazer seus cultos no setor onde vivem e não lhes é permitido cultuar a seu Deus no lado ariano da cidade, onde Rá, Amon, Bastet, Ashter Solis, Seth, os Cultos Persas, os Mitraícos e outros de grande beleza e potência são os permitidos.

V.M. Gobalievith assumiu a Embaixada há mais ou menos um mês, no quinto deste ano de 8582 da ascensão dos árias ao poder, Astaroth achou por bem que fosse plenamente assessorado pelos israelitas. Moshe Dayan foi encarregado de montar o “Estado Maior Ariano” residente na República Celeste. Ministros israelitas foram, então, nomeados e junto com o Embaixador embarcados na RS 924 que deveria, então, retornar, junto com a armada da I.A.F aos céus da República. Astaroth assinara tratado com a República de defesa mútua e cooperação no sentido de que a I.A.F. e a I.D.F estariam cedidas por tempo indeterminado aos Republicanos e que participariam do esquema táctico de defesa por terra e ar. O comando, porém, da I.A.F e da I.D.F ficava baseado na Capela Negra e nas mãos de Moshe Dayan e Ariel. Para Astaroth, o arranjo dava no mesmo para Nihil.

O curioso V.M. Gobalievith assim que assumiu a Embaixada resolveu se apresentar ao Dictator. Consta de seu relatório, pormenorizado, extractos das conversas que teve com o jardineiro, o filósofo Ludwig Wittgenstein. Conversas com Chaos, Annia e outros foram relatadas em pormenor. Conhecera a Gracco e a outros, como também ao Prefeito do Pretório, que é quem efetivamente governa (seria o nosso Ilientsin na República). Até o dia de hoje, em repetidas visitas a Basílica Republicana, sede do governo da República, Gobalievith nunca conhecera o Dictator que, segundo consta, está sempre com V.M.M. e de lá, de um outro mundo, busca gerir um outro muito mais complicado ainda. Gobalievith também resolveu conhecer as pessoas da cidade e, pelo visto, gostou dos filósofos cristãos. Acaloradas conversas acerca do Dogma da Trindade foram travadas com locais estudantes de filosofia e teologia. Gobalievith parecia se sentir em casa e cada vez escrevia mais acerca da República. Nada escapou a seu olhar. O Reitor da Universidade Livre da República, Alessandro Volta, convidou Gobalievith para que esse ministrasse um curso de Direito Romano e outro de Teologia (obviamente, a teologia de Gobalievith dista bastante da dos monoteístas).

Gobalievith também visitou o senado. Lá viu um senador vociferar contra o Dictator. Segundo consta de seu escrito, nosso embaixador esperava apenas o momento do senador descer da tribuna para ser detido pela Polícia do Estado. Nada aconteceu. Nosso representante, então, se acercou do senador e este resolveu, inclusive, fazer críticas ao Império. Gobalievith, educadamente o advertiu, que se o que vira acontecesse no Império, que ele, senador, não terminaria a primeira frase. No Império a crítica é algo que tem que ser muito bem apresentada (sob a aparência do elogio ou da sugestão). O senador desanda a falar mal do Império e essa parte diverte Ashter profundamente. Kamenev manda levantar a ficha do senador e Wotan, já reintegrado a corte de embaixadores da Capela Negra, pensa em fazer édito contra a entrada do senador em território ariano. Obviamente, que Wotan foi “voto vencido” pelo Rei, que também se divertia com o senador e sabia que ninguém critica o Império estando em terras do Império. Liberdade, no Império, é algo em permanente falta; porém, as pessoas parecem não desejar outro regime de governo.

Cena 2: Há dois dias Sannyassin, Sayanghev e Astor partiram rumo a Samech Talamev (chamado Tavek pelos árias). Novamente, os árias levam aparelhos médicos e tecnologia genética ao povo de Órion. A permanência dos árias em Samech Talamev é apenas um pouco maior que nas viagens a Terra. Ficam no máximo alguns dias e partem de volta. Para os árias Samech Talamev é um mundo de matéria e manter a mesma agregada fora da faixa de freqüência a que os árias se acostumaram é penoso para os sistemas que tem que plasmar a mesma para que o povo de Órion possa enxergar os árias. A descoberta de grande reserva de Manganério no planeta fez com que Ashter propusesse uma expedição cientifica a corte com o objetivo de se trasladar tais reservas para a capital e que se mantivesse os reatores nucleares operando, a pelo menos, cem porcento da capacidade de geração de pacotes cada vez mais elevados de energia. Entretanto, estudos efetuados por Werner Von Brawn, Max Planck e outros concluíram que o Manganério de Tavek não poderia ser utilizado, sem grandes perdas energéticas, nos reatores arianos. Os motores magnéticos de grandes dimensões continuam a ser desenvolvidos e naves já operam com eles. Porém, tais naves não podem ser aceleradas a velocidade da luz. Pequenos reatores já geram energia suficiente para os computadores e aparelhos diversos dos cidadãos da capital ariana. A crise, mesmo que não resolvida, vai sendo contornada e a cidade, o Império, as possessões e anexos vão vivendo com relativa calma.

Cena 3: Ashter e Astaroth deixam o perímetro do palácio de governo.

Astaroth: Não consigo demover os malditos cristãos a deixar a zona árabe e ocupar, de vez, o lado cristão que construímos para eles. Os imperadores romanos tinham razão, pois essa gente se prende ao passado de forma terrível.

Ashter Solis: Senhor, setenta e cinco por cento dos cristãos já ocupam o lado cristão, ao norte do setor de embaixadas estrangeiras. Os que estão entre os árabes é porque gostam de estar. Os árabes são tolerantes para com o que chamam de povos do livro. Contanto que não tentem convencer a eles que estão certos, os árabes os deixam viver em paz. Semana passada um emissário árabe veio até nós. Integrei ele aos esforços de construirmos o sistema que rodará os primeiros programas geradores da base da matemática da oitava dimensão. Chamei uns matemáticos da Universidade Livre da República também. É possível que a linguagem matemática esteja acabada até o fim de 8582 e que o primeiro algoritmo esteja pronto pouco depois da entrada em 8583.

Astaroth: Relatórios da inteligência dizem que o povo é plenamente fiel a monarquia absoluta. O que sente a esse respeito?

Ashter Solis: Meu Senhor, o povo da cidade ária é realmente fiel e os israelitas não desejam ver outra forma de governo pois se encontram protegidos por nós. Aqui na quinta infradimensão governamos algo em torno de dez por cento do território e pensamos governar o resto. Ainda existem recantos do Reino onde a presença de Chavajoth é real. Senhor, a cidade ariana é privilégio de poucos e a maior parte do povo resta na ignorância do que se sucede. Na nona infradimensão, que se tornou uma colcha de retalhos com três governos diferentes a administrar extensões de terra descontínuas a situação só é melhor na parte governada por nós. Mas, fazemos isso apenas para evitar insurreição. Mesmo assim, os problemas se avolumam por lá. O que dizer da oitava e da sétima infradimensões? O que temos feito pelo povo de lá? Senhor, ainda olhamos para nós e muitos sequer conhecem os prodígios de que nossa ciência é capaz e nem podem entender a mesma! Precisamos, neste lado do multiverso, começar a apresentar a tecnologia avançada às pessoas, para que quando cheguem ao outro lado, em outras vidas, possam entender melhor o que se sucede.

Astaroth: Seu governo, Ashter, é justo. Você, realmente, é a luz de Rá para a humanidade e para o povo. Devo despreocupar-me de tudo.

Ashter Solis: Está errado. Aprendi realmente a governar. Sou deusa somente para os habitantes daqui e para parte dos da nona. A figura do Rei Sol é mais que importante. Aprendi que o governo se faz de imagens. Sua aparição recente ao povo da nona pacificou os ânimos, pois o povo viu a figura divina. Somente o Rei unifica o Estado, pois que o Estado depende do Rei; porém, o Rei não depende do Estado quando o mesmo é divino. No fim, é Rá quem sustenta o Senhor Meu Marido onde está.

Astaroth: Espero que a corte, o povo da cidade, os outros governantes e demais outros dos quais o Estado depende pensem como você. Se isso não se der dessa forma, eu e você seremos atirados pela janela do palácio.

Ashter Solis: Meu Marido, observei que a corte precisa tanto de nós na razão inversa de que precisamos dela. O nosso fim traz o colapso do sistema de governo, pois que se tornará insustentável, devido ao fato de que somos os últimos de sangue azul na linhagem. Qual embaixador será tão respeitado como nós? Como manterá a mão de ferro do Estado? O destino, Senhor, será a queda dentro de regimes democráticos e os árias não respeitam a democracia. Vamos chegar ao fim do governo. Restam apenas 1.418 anos e em pelo menos 995 deles seremos os soberanos absolutos.

O Glorioso Exército de Zein Chega a Tavek, A AE-325 é Atacada

Cena 4: Sannyassin fazia anotações em seu computador pessoal, quando o Imediato o alertou:

Imediato Carcass: Excelência, nave se deslocando a ponto dez, velocidade de cruzeiro hiperespacial, em nossa direção, Senhor.

V.M. Sannyassin: Transmita em todas as freqüências e idiomas conhecidos que somos parte da frota do Império e que estamos em missão de paz. Todas as astronaves devem levantar escudos defletores. Sala de máquinas?

Imediato Thorken: Sala de máquinas, Senhor, às ordens!

V.M. Sannyassin: Sala de máquinas, numa dimensão material a quantos porcento podemos levantar escudos defletores?

Imediato Thorken: Excelência, numa dimensão como esta que é semimaterial, e que já tangencia para o etéreo, podemos usar até vinte e cinco porcento dos escudos. Além disso causaremos perturbação no sistema no qual a galáxia está estacionada, Senhor, e não temos conhecimento pleno, nem cartográfico e nem de qualquer outra ordem do que poderia acontecer a nós e ao sistema, visto que nos plasmamos nele.

V.M. Sannyassin: Obrigado, Imediato. Levantar escudos defletores em dez porcento. Preparar armas positrônicas.

Admiral Vernev: Excelência, permissão para falar.

V.M. Sannyassin: Permissão concedida.

Admiral Vernev: Senhor, não podemos usar nosso armamento aqui. Isso se dá pois um único disparo de uma de nossas armas e levamos o universo pelos ares, pois vamos formar um buraco negro de dimensões colossais para esse lado do multiverso. Sugiro que usemos as V4, Senhor.

V.M. Sannyassin: V4 em posição de lançamento. Manter a nave inimiga enquadrada.

Imediato Carcass: V.M. Sannyassin, a nave não respondeu em nenhuma das freqüências e em nenhum dos idiomas conhecidos. Está mantendo curso de colisão. Se continuar a manter esse curso, estimo a colisão para daqui a quarenta minutos, Senhor.

Sayanghev e Astor aparecem na gigantesca tela da AE-325.

V.M. Sayanghev: Venerável, a nave está em rota de colisão conosco. Aqui neste lado do multiverso todas as nossas ações são muito demoradas. Não sabemos com quem estamos lidando afinal e se forem aqueles seres da linguagem não-articulada penso que não vamos gostar muito de comprar uma guerra com eles em tão cruel desvantagem. Sugiro que mudemos o curso em quarenta e cinco graus a estibordo e, depois, sigamos em linha uniforme rumo ao objetivo. É somente uma sugestão, Mestre.

V.M. Astor: Senhor, deste lado do multiverso somos vulneráveis, de certa forma. Nosso poder de destruição leva o inimigo pelos ares e a nós também. Não penso que nós devamos ir pelos ares com nossa tripulação e sem levar nossa missão diplomática a cabo, Excelência. Penso, então, da mesma forma que V.M. Sayanghev. Vamos derivar quarenta e cinco graus. Temos agora trinta e oito minutos terrestres para isso e sigamos nosso curso como se a nada tivéssemos avistado.

V.M. Sannyassin: Toda a esquadra: derivar quarenta e cinco graus a estibordo.

Imediato Carcass: A nave efetuou um disparo, Senhor! Vamos interceptar! Lançar V4 de interceptação! Aumentar escudos defletores em vinte por cento!

V.M. Sannyassin: Bombordo, cinco graus! Corrigir nivelamento! Manter prontidão de armas! Sala de máquinas?

Imediato Thorken: Excelência, a reversão dos motores foi iniciada para que pudéssemos derivar a estibordo. A correção de nível levará dois minutos. O aumento dos escudos defletores nesta dimensão eleva o gasto de energia dos reatores para quase sessenta por cento, Senhor.

O impacto é sentido na AE-325.

Imediato Afanasiev: Impacto absorvido, Senhor. Análises demonstram que a nave opera com mísseis espaciais termonucleares a base de plutônio que causam pequeno incêndio na colisão e o mesmo se extingue quando todo oxigênio é consumido na nave inimiga. A tecnologia de fabricação é do final do século XXI. O Exame de termoluminiscência aproximado indica uma data próxima ao ano 2061 A.D. e a nave opera com combustível nuclear a base igualmente de plutônio. Há isolamento a base de concreto e chumbo e a análise radiométrica indica que há vida a base de carbono, do tipo da terráquea. Estimo, Excelência, que um único disparo de V4 leve o monstro de aço, chumbo e concreto pelos ares. Fomos atacados e pelas Leis do Império, que são leis universais, temos o direito de revidar com força máxima. Os tais mísseis no ano em que foram desenvolvidos, há cinco séculos atrás, eram a mais letal arma conhecida pelos humanos em suas incursões espaciais. Os humanos começaram a explorar o espaço quando conseguiram exaurir todos os recursos minerais, vegetais e hídricos de seu planeta de origem. O planeta esquentou a tal ponto que tornou inviável a vida na base do carbono. Somente os miseráveis restaram, algo em torno de dez bilhões de indivíduos (de uma população estimada em doze bilhões em 2061 A.D. – mesmo com uma política de extermínio eficaz do que eles consideravam “diferente” do padrão de raça standardizado), e foram exterminados pela crueza das temperaturas e falta de água. Primeiro os humanos colonizaram a Lua, depois Marte e após chegaram a uma das luas de Júpiter que tem um clima mais assemelhado com o da Terra. Enfim, os humanos partiram para fora da Via Láctea e compraram guerra com outros povos. Boa parte dos humanos foi então dizimada e parte de sua história foi apagada dos registros cósmicos.

Um cientista, a bordo, começa a ficar confuso. Seu nome, Keneth Maxwell.

Keneth Maxwell: Imediato, por gentileza, qual é o ano em que os terráqueos se encontram agora?

Imediato Afanasiev: Estão em 2008 em relação a nós arianos, na quinta infradimensão. Porém, cá estão em 2321 A.D. e, portanto, no século XIV. A cronologia adotada por mim é a que estabelecemos de que estamos no século XVI dentro do calendário do povo de Órion, que se assemelha aos terráqueos do final do século XXI, e, portanto, neste lado do multiverso não estamos no inicio do século XXI, mas no inicio do século XIV.

Cena 5: Naquele momento as naves arianas estavam paradas no espaço. Restava pouco mais de vinte minutos para a colisão. Sannyassin ordena a destruição da espaçonave terráquea. A mesma virou poeira estelar. Na chegada a Samech Talamev, Sannyassin descobriu que o Império, na verdade, destruiu uma antiga nave que tinha sido desviada da frota de Samech por revoltosos que vieram “não se sabe de onde” e que se intitulavam como pertencentes ao “glorioso exército de Zein”. Sannyassin faz contato com a Capela Negra e interrompe o passeio de Ashter e Astaroth que são chamados às ordens. Kamenev sugere o uso da Solução Final esquecendo-se que a Solução Final acabaria não só com o exército glorioso de Zein, mas com todo o universo conhecido e ninguém estava interessado num novo big bang. Era tudo o que faltava ao casal Astaroth-Ashter, governantes por Direito Divino dos Reis. Médicos da República foram consultados e se descobriu que para se manter em Samech Talamev os revoltosos precisam se plasmar aquele mundo o que exige um gasto de energia muito grande para os corpos que se usam naquele lado do multiverso e que tal expediente era executado com falhas. Logo, o glorioso exército de Zein era menos problema lá do que no Império. Sannyassin não se convenceu com a resposta e já estudava uma forma de eliminar o que restava do “glorioso exército” em Tavek. Astaroth também tinha dúvidas. Afinal roubaram uma astronave, plasmaram corpos a base do carbono e tentaram enfrentar a AE-325. O Rei se convence que os revoltosos, de alguma forma, acessaram a tecnologia que permite a fabricação de corpos a base de carbono. Agora, o problema, realmente começa num mundo que não é material e que não é etéreo e onde os árias não conseguem se sustentar por muito tempo.

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Sannyassin Tomba, Samech Talamev é Salvo por Sayanghev

Cena 6: Sannyassin obtém autorização do governo local para empreender uma incursão em busca dos revoltosos após provar ao povo de Tavek que os insurgentes são inimigos do Império, e, portanto de todos os povos. A brilhante preleção de Sannyassin emocionou Kamenev e demais membros da linha dura. Enfim, Sannyassin parte por terra com um destacamento das Waffen SS e parte da Wehrmacht. O “glorioso exército de Zein” é encontrado e a guerra chega, enfim, a Samech Talamev. Sannyassin retorna para a cidade –sede do governo. Os revoltosos ameaçaram destruir o planeta com armas termonucleares caso Sannyassin viesse a insistir em enfrentar os insurgentes. Ao retornar a cidade, Sannyassin toma o transporte até a AE-325, mantida em órbita, e entra em contato com a Capela Negra novamente. Astaroth, que estava presente, manda embarcar numa astronave uma parte do Sonderkommando, divisões especiais de assalto, membros do ABWHER, cientistas de Peenenmunde e destacamentos de inteligência das Waffen SS, Luftwaffe e Wehrmacht. Armamentos especiais são enviados e instrumentos de detecção de entes vivos a base do carbono (equipamentos que medem e aferem entes cujas temperaturas estejam entre trinta e seis e quase trinta e sete graus, e, que se mantenham constantes por, pelo menos, dez minutos).

Cena 7: Duas noites após (o dia na capital ária tem 96 horas), a AE-648 estaciona na órbita de Samech Talamev. O que se pensava fácil não o foi. Os insurrectos estavam realmente convencidos de que deveriam levar Tavek pelos ares. A bordo da AE-648 estava Dietrich, o temido chefe das SS na capital ariana. Empregou-se a tática de “liquidação suave de gueto”, onde membros da Inteligência tentaram mapear as armas. Tudo foi em vão. Por fim, Sannyassin e o Sonderkommando são capturados numa emboscada. São imediatamente liquidados com armas de desintegração de consciência. O “glorioso exército de Zein” não viera para brincadeiras. Sayanghev assume o comando da Frota do Império e uma guerra de guerrilha se inicia. Mais dois dias e as armas termonucleares são entregues ao povo de Samech Talamev. O Império sentiu o duro golpe. O corpo de Sannyassin chegará a capital ariana em três dias. Ilientsin, por fim, em pronunciamento feito a partir da nona infradimensão aconselha Astaroth a não buscar mais nada fora do mundo ariano, pois que temos problemas demais. O Templo de Seth já prepara o funeral de um dos embaixadores mais valorosos que o Império já teve. Paymon é nomeado por Ashter Solis para o lugar de Sannyassin e Roneve, a primeira mulher a se tornar embaixatriz da Capela Negra, aguarda apenas a apresentação de Sayanghev, que abatido pela morte inglória do irmão, se recolherá a Grande Loja onde anuncia que pretende terminar os seus dias. Astaroth sente agudamente as baixas. Não se trata da perda de simples soldados. Se trata da perda de Sannyassin, o homem que governou a nona infradimensão, desde antes da ascensão de Zein ao governo, e, que foi incorporado por Nihil a corte dos árias depois da queda que levou Stálin ao poder na nona. Sannyassin defendeu o Império do ataque dos homens sem rosto e em várias outras guerras. Sua perda fere a imagem de indestrutibilidade do governo absoluto e divino. Não se tratam de homens, mas de deuses, que deixam a vida. Se tratam de seres praticamente imortais diante das demais criações do Absoluto. Porém, algo ainda de impacto estava para acontecer. O Ministro de Estado Longanev fechava um acordo com os povos das demais infradimensões, que estão fora dos tratados de defesa mútua e cooperação, onde se determinava que os árias tinham prioridade de uso do espaço aéreo em caso de guerra (a estratégia de Kamenev, nesse caso, é criar um bolsão de defesa não-ariano para o caso de possível guerra provinda do leste e dar tempo aos arianos de resposta, e, ainda de levar a guerra para fora do território). As outras dimensões viam nisso uma garantia: a garantia de apoio na maior máquina de guerra jamais construída em caso de uma guerra que os envolvesse.

O Glorioso Exército de Zein Seqüestra o Ministro Ariano Longanev

Cena 8: Longanev estava no palácio de governo do rei da quarta infradimensão distante o suficiente da capital ária na razão de que uma espaçonave movida a motores magnéticos e acelerada a setenta e cinco porcento da velocidade da luz leva uma hora, aproximadamente, para atingir o objetivo. Após conseguir a garantia do acordo o Ministro deixa o palácio. No carro magnético que o levava até a plataforma de embarque numa nave que o transportaria a espaçonave, Longanev sofrera um acidente (provocado pelos insurrectos). Longanev é, então, seqüestrado pelo glorioso exército de Zein. Astaroth ouviu a gravação da exigência dos seqüestradores. Kamenev ordenou o bombardeio da região onde estavam os rebeldes e Longanev iria ser também bombardeado por “colateridade”. Astaroth concorda. Tratava-se de uma questão de economia, já que não se poderia mover unidades de infantaria em território que não o ária sem um grande custo. A Luftwaffe bombardeia, então, o lugar onde Longanev estava preso. Antes, porém, outra divisão do Sonderkommando é enviada por Astaroth, sob segredo de Estado, para resgatar Longanev. O resgate de Longanev lembrou o de Mussolini por Oto Skorzenny. Tão logo Longanev fora posto em segurança a Luftwaffe arrasou todo um perímetro do tamanho da América Latina em três segundos com a Solução Final. Astaroth, de toda forma, mandou técnicos efetuarem a reconstrução do que fora destruído e pediu desculpas ao governo dos quartos colocando o empenho ária a disposição do rei quarto. A demonstração de plena força, de plena Vontade de Potência, mostra que o regime absoluto dos reis divinos não está enfraquecido. Imagens. Astaroth é assaltado por imagens nas quais o poder lhe é tirado das mãos. É necessário impedir que membros da corte se envolvam diretamente nas operações; mas, como?


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